Por Maria Fernanda Baqueiro, psicóloga do Colégio e Pré Vestibular Bernoulli Salvador*
Falar sobre aprovação é falar sobre mais do que um destino, é falar sobre uma jornada. Se eu lhe perguntasse aqui qual a primeira palavra que vem à sua cabeça quando falamos “aprovação”, apostaria que você diria algumas muito semelhantes às que ouço dos meus alunos: medo, ansiedade, vontade, expectativa, dúvida, estresse, tempo, sono, procrastinação, objetivo, sonho…
Sem dúvidas, a aprovação em uma universidade é o destino glorioso que todo aluno almeja para coroar o fim do Ensino Médio e, não obstante, todos os esforços para chegar lá.
Trata-se de uma jornada – e uma jornada desafiadora – que pede do estudante organização, dedicação, disciplina, abnegação, escolhas e, dentre outros elementos, amadurecimento cognitivo e emocional.
“Na verdade, eu diria ainda mais: o caminho para aprovação possibilita ambos aspectos de amadurecimento”
Maria Fernanda Baqueiro
Vale ressaltar que é um caminho, diga-se de passagem, nada simples de percorrer. Coloque aí na equação a ser resolvida: carga horária de aulas grande, muitas disciplinas para estudar e muito conteúdo para assimilar. Paralelo a isso, é fundamental conhecer a prova que fará, desenvolver estratégias para administração do tempo de prova e “manter o emocional” em dia. Ufa! Cansou? Calcula eles/as, traduzindo em ações cada uma dessas partes, que incluem ainda outras variáveis no meio.
Neste contexto de expectativas, medos e desejos, tenho a honrosa missão de acompanhar e auxiliar jovens a desenvolverem o melhor de seus potenciais e alcançarem o nível de estudantes de alto desempenho. Tenho, junto, a alegria de vê-los alcançar a “linha de chegada” da tão sonhada – e batalhada – aprovação.
Concorrência
É mágico, é um êxtase! Contudo, não são todos que alcançam esse êxito. No cobiçado mundo das vagas, geralmente, contamos com um grande número de estudantes concorrendo a um número exponencialmente menor de quantidade de vagas existentes, o que torna a tão famigerada concorrência tão assustadora e temida.
E, como ficam aqueles que, no fim da jornada, não “cruzam a linha” da aprovação?
Eu diria o que digo para meus alunos: ainda não é o fim da jornada…
Por alguma razão, que ainda desconhecemos, o caminho continua. É hora de elaborar o luto, se auto acolher para, então, com cabeça tranquila e ânimo restabelecido, olhar para trás, reavaliar o caminho percorrido, compreender os aspectos que pedem seu investimento, realizar os ajustes e, fortalecido, colocar o pé na estrada novamente.
Lembrar que não está partindo do zero, que é tempo de aprimoramento do todo já investido, de investir, maduramente, nos casos onde se identifica ter havido autossabotagem e imaturidade, aprender sobre si, pois, como eu disse: a jornada da aprovação é, antes de tudo, ensejo para se auto conquistar.
“A conquista da vaga é resultado de boa formação pedagógica e de uma boa dose de autoconhecimento. Pois, na árdua jornada, no longo caminho, a maior oportunidade que temos é a de nos conquistar para alcançar nossos objetivos!”
E, isso é a vida, isso é viver. Isso serve para cada um de nós, adultos, em nossas jornadas particulares, em direção a cada um de nossos sonhos, objetivos. Boa jornada para cada um de vocês e para os seus mais especiais afetos!
Maria Fernanda Baqueiro – Psicóloga, com especialização em psicossomática, psicopedagogia e formação na teoria junguiana. Em andamento – Formação Sócio-emocional pelo Bernoulli Sistema de Ensino e MBA em Gestão Escolar pela Universidade de São Paulo – USP. Atua na clínica, como Psicóloga e Orientadora Escolar no Colégio e Pré-vestibular Bernoulli, com a formação e preparação de estudantes de alto desempenho.
Colégio e Pré Vestibular Bernoulli Pr. Marconi, 60 – Pituba, Salvador – BA, 41810-225. Contato: (71) 3415-4100
Fotos: Bernoulli.
Siga o insta @anuarioeducar
