quinta-feira, 21 novembro 2024
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“O protagonismo é da mãe”, diz Rita Batista sobre sua jornada materna

Está tudo Odara com a jornalista e apresentadora Rita Batista, e não teria como ser diferente. Com seu jeito alegre, espontâneo e irreverente, não tem tempo ruim para a baiana. Foi na tentativa de congelar os óvulos para fertilizar aos 40 anos que ela acabou engravidando. “Foi uma surpresa. No dia que descobri fiquei completamente louca, porque eu tinha parado o anticoncepcional depois de décadas. Eu sempre via as pessoas que paravam com o anticoncepcional demorar um tempo pra engravidar, mesmo assim tomei todos os cuidados, mas não adiantou”, conta Rita.

Mesmo que a gravidez não tenha saído exatamente como planejou, Rita não esconde a sua realização ao falar sobre o seu primeiro filho. “Minha gravidez foi maravilhosa. Eu fiz cinco ensaios fotográficos. Gostei muito, quero engravidar de novo. Não sou dessas mães muito emocionais. Mas uma das melhores coisas foi quando ele começou a mexer. Hoje ainda olho pra ele e não acredito que foi eu que gerei. Acho que a ficha demora a cair, né?”.

O trabalho de parto começou numa sexta-feira, enquanto ela arrumava o enxoval do bebê no quartinho dele. No dia seguinte, 11 de novembro de 2018, depois de 18 horas, nasceu Martim, às 11h06 de uma cesariana, com 50cm e pesando 3.180kg. “Queria que fosse normal, mas minha bolsa não estourou. Eu curti cada contração. Era um sábado. Dia dedicado à minha mãe Oxum, a dona da minha cabeça, e foi o presente dela para mim”. 

MUDANÇAS

É verdade! Com a maternidade, não há como negar o quanto a vida muda. Para algumas mais do que outras. No caso de Rita, ela sentiu a necessidade de se reorganizar, mas não sofreu pela mudança. “Mudou a vida, claro, porque você está cuidando de uma pessoa, tem outras responsabilidades, outros cuidados, e uma maneira nova de pensar. É uma pessoa que depende exclusivamente de você, que se alimenta através do seu corpo. Eu, por exemplo, mantenho a exclusividade da amamentação. A maternidade é algo delicioso. Com todas as agruras eu continuo achando delicioso. É aquela história que rapadura é doce, mas não é mole não,” brinca.

REDE DE APOIO

Para conseguir dar conta da rotina puxada, Rita conta com uma rede de apoio. “Conto com o pai, meu marido Marcelo que já é pai de outros dois meninos, então ele sabe como é o rojão. Nildes que é a babá, minha fiel escudeira. Tem a minha empregada também, e as avós que ajudam, vão lá dar um suporte quando tem qualquer problema”. 

ELA QUER É MALHAR

Se a maioria das mamães de primeira viagem sentem falta de umas boas horas de sono, ela confessa que o que sente falta mesmo é de uma boa musculação. “Eu preciso voltar a malhar. As pessoas diziam que eu ia sentir falta de dormir. Não! Eu sinto falta de malhar, de correr cinco km na esteira despreocupadamente”, desabafa Rita.

#OPROTAGONISMOÉDAMÃE

Porque você não dá chá para o bebê? Bico, pra quê? Você vai levar o bebê na viagem? Ele não come doce? Tadinho! Você não amamentou? Porque não tentou mais? Amamentou até 2 anos? Pra que tudo isso? É muito comum as mamães ouvirem comentários sobre a criação dos filhos. Algumas pessoas chegam a ser inconvenientes e acabam dando pitaco demais. Rita não tem nenhum problema em dar limites a esse tipo de gente.

“Acho desnecessário essa mania que as pessoas têm de se meter na vida dos outros. A maternidade fica parecendo pública. E não é. Cada neném é de um jeito, cada mãe é de um jeito, cada família é de um jeito. O filho é meu. Não tenho nenhum constrangimento em deixar isso claro. E acho que as mulheres precisam ser mais claras nisso porque as vezes ficam sofrendo caladas. O protagonismo é da mãe”.

Rita Batista

Foto instagram Rita Batista