“São gêmeos”! Essa frase me assustou e logo depois me fez chorar de emoção. Os medos são muitos e as alegrias também. Se criar e educar um filho é um grande desafio, imagina quando são 2 ou mais e ao mesmo tempo? Vou contar um pouquinho como acontece comigo!
Por Nine Lima
A escola na vida do bebê é um grande marco, pois é a primeira grande separação da criança do seu ambiente familiar. Além da escolha da instituição, cria-se uma angústia entre nós pais, quando é preciso decidir se os irmãos ficam juntos ou separados e muitos especialistas se dividem na hora de opinar sobre essa escolha. Alguns defendem a ideia da separação no início da vida escolar para estimular a individualidade e a não competição entre eles, e também para que cada um desenvolva seus núcleos sociais.
Já alguns estudos mais recentes defendem a ideia de começar juntos não é um problema, isso porque como os gêmeos vivem muito tempo grudados e a separação na escola traria outra grande “separação”, além da mãe e a do irmão, em um mesmo momento, podendo ser mais maléfico do que benéfico. A psicóloga holandesa Coks Feenstra, autora do livro ‘O grande livro dos gêmeos’, expõe que em muitos casos essa separação inicial é errônea, já que estudos demonstraram que irmãos se sentem mal e muitos deles acabam desenvolvendo transtornos de ansiedade, retraimento, retrocesso e inclusive maus resultados acadêmicos.
Guilherme e Ricardo até hoje dividem a mesma sala. A Escola indicou que ficassem separados, mas acatou a nossa decisão em deixá-los juntos, desde que a convivência na mesma sala não estivesse prejudicando nenhum deles. Por isso, se estiver passando por esta fase, pense no que é melhor para seus filhos e tenha em mente que cada caso deve ser analisado individualmente, de acordo com a realidade e história da sua família e do perfil emocional e comportamental do seu filho.
Kumon
Escolhi o método Kumon para justamente reforçar a individualidade e a autonomia dos meninos. Meu objetivo principal foi que desenvolvessem concentração, autonomia e autoconfiança. Por estar focado no aluno, o orientador observa a habilidade acadêmica, a personalidade e o sentimento de cada um para oferecer o estudo mais adequado. Os meninos se tornaram mais confiantes e capazes de enfrentar sozinhos os desafios da conquista do conhecimento.
Dicas
- 1. Enxergar que eles podem ter escolhas, gostos e afinidades com disciplinas diferentes;
- 2. Estimular a individualidade e independência;
- 3. Evitar comparações. Cada criança tem seu tempo! Valorize o processo de aprendizagem e não apenas os resultados;
- 4. Evitar criar rótulos. Eles podem fazer com que um dos irmãos se sintam menos valorizado pelos pais.
Finalizo com uma dica, que vale não só para gêmeos, mas para irmãos. É preciso que cada um tenha momentos de “solidão” com os pais, ou com amiguinhos. Se sentir único e poder estar sozinho sem a influência do outro, dá a liberdade necessária para que a criança conheça mais a si mesma, e adquira autoconfiança.
Nine Lima – autora do Blog Querida Mamãe, Influencer, Administradora de Empresas, Servidora Pública e Mãe de Ricardo e Guilherme. @nine.lima